Personalidade Gammonense – TACO
Marco Fábio de Camargo Franco (TACO)
Minha história no Instituto Presbiteriano Gammon começa aos 13 anos de idade, mais precisamente em fins de 1966 e início de 1967, quando meu pai Geraldo Franco, o Coronel, como era conhecido, se tornou diretor da Metalúrgica Matarazzo (Metalma), em Lavras-MG.
Naquela época, eu estudava em São Paulo, e por indicação de dois amigos de meu irmão mais velho, o Flávio Acayaba e o Chita, que foram estudantes do Gammon, meu pai me levou para conhecer o Colégio.
Confesso que fiquei admirado com a imponência do Colégio e o tamanho de seu câmpus, pois em São Paulo eram raros os colégios com essas dimensões, e isso me impressionou bastante.
Durante o ano de 67, fui várias vezes a Lavras, e aos poucos a cidade também foi me cativando, mesmo sendo um município de interior e com um número de habitantes bem reduzido. Neste período, conheci a Alessandra Bueno, filha da Ercilinha, que foi minha primeira amiga na cidade.
Combinei então com meu pai de ir estudar no Gammon, mas não queria ficar interno. Assim foi que acabei por residir na residência da Metalma, e ainda por cima fui premiado com um Fordinho 1932, amarelo, para ir às aulas.
Começava desta maneira o meu período gammonense. Logo ao chegar, fui convidado a entrar na banda do Colégio e a treinar basquete e atletismo com nosso professor José Lima.
Com relação à banda, que era comandada pelo Jurema, deu tudo certo! Comecei amizades que são eternas e duram até hoje. Porém, nas duas modalidades de esporte, não tive muito sucesso como praticante, pois na verdade, naquela época, gostava muito era de futebol, vôlei e natação, nesta mesma ordem de preferência.
Participei, também, do Retiro Literário e Recreativo Prof. Sinval Silva, organizando festas de calouros no Auditório Lane Norton, e alguns shows no mesmo local. Me lembro muito bem de um show de mágica, que foi muito tumultuado por causa do atraso do mágico, que vinha de São João del-Rei, mas que teve o carro atolado na estrada.
No Centenário do Gammon, em 1969, me vem à memória o Centerbarium, que na verdade foi uma barraquinha armada na entrada do estádio de futebol do Colégio, onde vendíamos hambúrgueres e refrigerantes no local. Conseguimos uma ótima arrecadação, que foi doada para o então reitor do Colégio, que se não me engano comprou um microfone novo e bem moderno para o auditório.
Meus professores, os quais estimo a todos, foram ótimos naquele tempo. Alguns deles marcaram para sempre minha memória, como a profª Lucinda, de Inglês, o prof. Harrison, de Religião, a Dona Lurdes, de Francês, o inesquecível prof. Louzada, de Geografia e Biologia, o prof. Waldir Azevedo, de Matemática, e ainda o prof. Jeová, de Física e Química, que tinha um Opala, carro que era o desejo de consumo da época. Eu e os colegas ficávamos admirados com ele!
Fora da sala de aula, tinha o prof. Lima, de Educação Física, o qual admirava muito, e o nosso diretor Roberto Coimbra, que me lembro muito bem.
Saudosas também são aquelas manhãs de outono, quando nos reuníamos na frente do chamado Prédio novo, para cantar o Hino Nacional, antes das aulas, com um tempo bem frio.
A verdade é que foi um tempo de ouro de minha vida, onde fiz amizades eternas! O aprendizado, o esporte, a música, através da banda do Colégio, quando participei das festividades do Centenário, a convivência com muitas pessoas, e uma nova vida perante a que eu tinha em São Paulo, me marcaram positiva e profundamente para sempre!
O Gammon foi para mim exatamente assim: eu saí do Gammon, em 1972, porém, ele jamais deixou de existir dentro de mim.
Parabéns, Gammon, pelos seus 150 anos!
Marco Fábio de Camargo Franco
Filho do casal Geraldo Franco (Coronel) e Lygia de Camargo Franco