Miralda Bueno de Paula
Formatura 3º Científico
Ingressou na Escola Carlota Kemper, em 1948, no Jardim de Infância (atual Educação Infantil), da professora D. Beatriz, tendo em sua companhia, dentre outras, as colegas Maria Ângela Alvarenga Rodrigues, Léia Matiolli, Denise Teixeira e Maria Lúcia Azevedo.
Jardim de Infância – D. Beatriz e seus alunos
Quatro anos depois, em 1952, deu início à sua caminhada no Ensino Primário (o Ensino Fundamental I dos dias de hoje), período em que recorda com muita alegria das professoras D. Beliza, D. Nilza Burgueti, D. Zeli Carvalho, D. Vindinha, assim como dos colegas Maurício de Souza, João de Souza e outros. Durante as férias, aproveitou para fazer o Admissão, que era o curso preparatório para o ingresso no Ginasial (atual Ensino Fundamental II), com D. Albina.
Turma Jardim de Infância – 1948
Permaneceu no Kemper até 1958, quando terminou o Ginasial. Lembra com muitas saudades do Grêmio Olavo Bilac, que funcionava no local, do Retiro Literário e Recreativo, este no Instituto Presbiteriano Gammon, bem como das colegas Heloísa Botelho, Sílvia Regina Sales, Lílian Botelho, Nilza Helena Costa (Nená) e Rejane Botelho. Não esquece, ainda, das festas típicas, com o famoso “Ponche Americano”.
Depois disso, Miralda foi para o Gammon, onde cursou o Colegial (o Ensino Médio dos dias de hoje), de 1959 a 1961. Desse tempo, recorda de excelentes pessoas que marcaram muito a sua vida, e que não lhe saem da memória, como Mister Charles, Roberto Coimbra, Bernard Bartels, Prof. Cartaxo, além de D. Elvira, a que tomava conta de todos. Segundo ela, naquela época as roupas que as alunas usavam não podiam ser sem mangas.
Miralda, Maria Aparecida, Rozaly Zagota, Neusa Barbosa, Lívia Carvalho, Vera Lúcia Zurari e Marlene Clemente
Rosaly, Neusa, Lívia, Miralda, Maria Aparecida, Cláudio, Nena, Vera, Marlene
Lembra com saudades das assembleias e das reuniões no Auditório Lane Morton, e também da bandinha do Ronaldo Lopes, que tocava muito bem um saxofone.
Convite de Formatura 3º Científico – 1961
Terminado o Colegial, ingressou na então Escola Superior de Agricultura de Lavras (ESAL), hoje, Universidade Federal de Lavras (UFLA), onde colou grau em Agronomia, em 1965, e posteriormente foi professora.
Jornal “O Agrário” – 1962
Miralda
(Partes do texto sobre Miralda, escrito por Nená, no Jornal “O Agrário – 1962”)
A escola está enfeitada, dizem. Porque lá estuda uma flor. Miralda, broto certinho que nasceu lavrense, tornou-se gammonense e depois esaliana.
Dentre as coisas que mais gosta, estão: receber cartas, estar a beira-mar, ouvir música, viajar, ler, palestrar com amigos. Como não se pode evitar, existem também coisas que não gosta, como por exemplo: esperar, ser esperada, fingimento, maledicência.
Para elegância do brotinho, coloca a personalidade em primeiro plano. Depois, deve-se saber o que lhe convém. Assim, a garota será elegante. Em lavras, muitas o são e dizemos nós que Miralda está entre elas.
Escolheria para conhecer qualquer país do Oriente, pela originalidade dos seus costumes, e atração que lhe exerce. Porém, adora lavras por ser sua terra e porque aqui estão suas grandes amizades. Coisa que ela conserva com muito carinho.
Ela pretende semear ações que tornem sua vida digna de ser vivida.
É por isso e por muito mais que Miralda tem grande círculo de amizades. Gosta da vida social sem ser fútil. Pensa e realiza! Sente-se feliz.
Miralda é agradecida pela oportunidade de os missionários americanos marcarem presença em Lavras. “D. Margarida, diretora do Gammon, morou 40 anos em Lavras. Ela ficava cinco anos na cidade e depois retornava aos Estados Unidos. Lá, permanecia um ano com a família, e depois voltava ao Brasil para ficar mais cinco anos em Lavras”, relata.
Ela considera que o Gammon lhe deu a chance de se tornar o que é hoje, com uma vida fundamentada no bem e sempre procurando mirar nos exemplos deixados pela Casa de Samuel Rhea Gammon de antigamente. “Acho que o Gammon de ontem era muito ligado à educação, à arte e à cultura, enquanto o de hoje é mais empresarial, ou seja, está mais ligado à economia”, enfatiza.
Miralda Bueno de Paula casou-se com Vicente de Paula Vitor, hoje, professor aposentado da UFLA, com quem tem três filhos: Artur, Ricardo e Raquel, todos ex-alunos gammonenses. O marido também fez o Colegial no Gammon, muito embora não tenha sido nessa época que eles se conheceram. O casal tem cinco netos: João, Caio, Eunice, Pedro e Mariana.
Miralda e Vicente moraram nos Estados Unidos e em Viçosa-MG, onde ela fez seu mestrado em Solos. Trabalhou na EPAMIG (Empresa Agropecuária de Minas Gerais), e depois na EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), onde se aposentou.