Personalidades Gammonenses Yolanda Cambraia Lima Dias
Passar
uma manhã na residência da matriarca Yolanda Cambraia Lima Dias
(carinhosamente conhecida pelos amigos por Dona Landinha), acompanhada
pelas suas atenciosas e dedicadas filhas Vânia e Rosa de Lourdes, foi
tudo de bom, principalmente por ser ela uma quase senhora centenária,
ex-interna da Escola Carlota Kemper (então unidade feminina do Instituto
Presbiteriano Gammon), do alto dos seus 98 anos bem vividos e
completamente lúcida.
Viúva do Sr. José de Carvalho Dias,
com quem teve cinco filhos: José Carlos (graduado pela antiga ESAL,
hoje UFLA, que na época pertencia ao IPG), Fernando (ex-atleta do
Gammon, recordista em atletismo, já falecido), Carlos Alberto (Bebeto),
Vânia (ex-aluna e atleta de vôlei do IPG) e Rosa de Lourdes (também
ex-aluna do Gammon), Dona Landinha nos deu o prazer de ouvir casos e
lindas histórias da instituição fundada pelo missionário norte-americano
Samuel Rhea Gammon.
Nascida em 1919, Dona Landinha tinha
11 anos quando chegou a Lavras para ser aluna interna da Escola Carlota
Kemper, que na época tinha como sua diretora, Donana Alvarenga.
Dona
Landinha recorda com saudades de suas ex-colegas contemporâneas: Naide,
Zita del Faro, Belisa e irmãs, entre outras. Ela fala com muita
sabedoria das aulas de sua época, quando aprendeu de tudo para ser uma
cidadã consciente e cheia de predicados. Teve aulas de piano com Dona
Célia Azevedo, e lembra como se fosse hoje da professora Dona Rosinha e
das aulas de Puericultura, Tricô e Costura.
Na juventude, Dona Landinha era jogadora de vôlei, daí o sentido de esporte na vida de seus filhos.
Em
nossas conversas, Dona Landinha relatou que quando da instalação do
Batalhão de Polícia Militar na cidade, em um casarão que ficava na
esquina da Praça Dr. Augusto Silva com a Rua Raul Soares, bem próximo da
Escola Carlota Kemper, foi uma festa muito grande, já que as alunas
comemoraram juntas essa grande conquista para Lavras.
Dona
Landinha lembra com saudades de seus dois anos de internato, dos
americanos que por lá passaram e do Instituto Gammon, onde suas filhas
estudaram. Incrível a saúde e memória de Dona Landinha, talvez a mais
antiga ex-aluna do Gammon.
Muito obrigada, Dona Landinha,
por nos ter dado esse enorme prazer de estar ao seu lado tantas horas e
ouvir relatos tão relevantes para nós e para todos os gammonenses.
Dona
Landinha é um exemplo vivo da imortal frase de autoria do ex-aluno
Osmundo Miranda: “A gente sai do Gammon, mas o Gammon não sai da
gente!”.