O Calendário da vida por Diego Nascimento*
Um dos ícones do século 20 é a tradicional ‘folhinha’ que anualmente continuam a ser distribuídas aos clientes em vendas, armazéns, supermercados e até farmácias. Mesmo com a expansão da tecnologia, que permitiu a visualização do calendário em relógios de pulso, celulares e computadores, a prática da distribuição perdura ainda depois dos anos 2000. Quem não tem ou já teve um calendário da mercearia do bairro colado na geladeira ou na porta do quarto?
Pesquisadores afirmam que os primeiros instrumentos de medição de dias e meses surgiram na antiga Mesopotâmia tendo babilônios e sumérios como os usuários iniciais. Uma recente reportagem publicada pela Revista Nova Escola atesta que a contagem de 12 meses (365 dias) como temos hoje, foi instituída em 1582 pelo papa Gregório XIII (1502 – 1585) e se tornou um padrão em quase todo o planeta (alguns países, a exemplo da China, utilizam calendários milenares em suas celebrações).
Nesse contexto convido você a avaliar sua vida e perguntar para si mesmo: as 52 semanas dadas por Deus ao longo de 2017 foram bem aproveitadas? Quantas ações de evangelismo foram realizadas durante os meses? Quantas vezes as misericórdias renovadas a cada manhã foram agradecidas? Garanto que, enquanto lê essas perguntas, você tentou até iniciar uma contagem, não é mesmo? No livro de Salmos, capítulo 90, verso 12, encontramos o seguinte versículo: ‘Ensina-nos a contar os nossos dias para que o nosso coração alcance sabedoria.’ Mais do que marcar o correr da semana com um X no calendário, precisamos voltar nossos olhos ao Senhor. O imediatismo vivido na atualidade nos faz achar que 24 horas são insuficientes e, lamentavelmente, muitos empurram momentos preciosos de devocional e oração para o fim da lista de prioridades.
Colocar nossos sonhos e projetos diante de Deus é um ato de intimidade e o tempo é um recurso valioso nesse contexto. No livro de Mateus, capítulo 24, verso 35, Jesus diz que ‘Os céus e a terra passarão, mas as minhas palavras jamais passarão.’ Será que optamos por preencher nosso “Calendário da Vida” com situações abstratas ou seguimos a direção contrária do mundo e permitimos que ELE nos tome pela mão? Em Provérbios 16:3 temos uma recomendação direta: ‘Confia ao Senhor as tuas obras, e teus pensamentos serão estabelecidos.’
Faço votos de um abençoado 2018, mas lembre-se de buscar o reino de Deus em primeiro lugar. Entenda que o tempo DELE é supremo, soberano e misericordioso. Que daqui a 365 dias suas respostas às perguntas que fiz no início do texto sejam ainda melhores na perspectiva de Cristo Jesus.
*Diego Nascimento é presbítero da 1ª Igreja Presbiteriana de Lavras (MG)
** Todos os versículos citados foram retiradas da Bíblia Sagrada – Nova Versão Internacional.