Funcionário Braço Curto

Por Diego Nascimento*

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Título diferente, não é mesmo? Essa expressão está ligada ao perfil de pessoas que não fazem o menor esforço para cumprir as tarefas onde trabalham ou que, de certa forma, optam pelo básico do básico e são apáticas às inovações. Por mais que estejamos na “Era da Informação”, uma parcela considerável de cidadãos ainda insiste em fechar os olhos para as necessidades do mercado e adoram culpar o governo, a família e até o vizinho pela falta de êxito na vida. É sobre isso que iremos falar hoje.

O personagem Y concluiu a graduação faz alguns anos. Após participar de um processo seletivo, conseguiu uma boa vaga de emprego dentro de uma multinacional. Qual é a função de Y? Garantir que o fluxo de montagem de uma peça aerodinâmica flua eficazmente. Apesar de ter o respeito do setor, Y tem um grande problema. Na semana passada, ao atravessar o departamento de compras para alcançar a porta do refeitório, Y percebeu que uma impressora estava “cuspindo” papel para todos os lados, (era o horário de almoço da equipe) claramente por causa de uma falha de programação, e simplesmente ignorou.  Três dias depois, nosso genial funcionário estava indo embora e, na recepção da empresa, observou que a chuva molhava o estofado da sala de espera.  Ao invés de fazer algo (fechar a pequena janela, por exemplo), Y ignorou o fato e foi embora. Afinal de contas, aquela não era a função dele (no fundo ele pensou que não era pago para fazer além do que deve).

Mas qual a relação de tudo isso com o mundo da Comunicação? Aquilo que fazemos (falando ou agindo) reflete quem somos e o que queremos. Repudio quem se esconde debaixo de um cargo ou um título para justificar rispidez, autoritarismo, mau humor e a “Síndrome do Braço Curto.” Converso com pessoas de vários países e tenho visitado inúmeras empresas e lamentavelmente esse mal tem se espalhado. Mas acredito em mudanças e persistirei em ensinar que proatividade e a gentileza são FORÇA e jamais simbolizam a fraqueza.

Gosto de trabalhar e nunca escondi isso de ninguém. Presto serviços para os mais variados públicos e com a grata satisfação de plantar sementes e ficar sabendo de transformações positivas que têm acontecido após uma palestra ministrada ou um artigo escrito. Conhece alguém com a “Síndrome do Braço Curto”? Recite para essa pessoa uma incrível recomendação registrada pelo apóstolo Paulo na Carta aos Colossenses, capítulo 3, verso 23 (Bíblia Sagrada): “Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor, e não para os homens.” Não houve mudança de postura após diálogo, treinamento e a oferta de uma segunda chance? Minha recomendação é simples e direta: demita! 

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