Personalidade Gammonense – Adelino Ferreira
- Sou um dos bilhões de seres humanos habitantes do planeta Terra. Filho de portugueses que vieram para o Brasil na década de 40 para tentar melhores condições de vida. Por direção divina, José Ferreira e Maria AlcideFerreira foram morar em Lavras-MG e tiveram sete filhos homens, sendo eu o primogênito. Meu pai foi o primeiro a conhecer o Senhor Jesus, através de missionários presbiterianos do Instituto Gammon. Ele e todos os filhos foram batizados na Igreja Presbiteriana da praça com o Rev. Francisco Penha Alves. Meus pais nos levavam à Escola Bíblica Dominical, onde aprendíamos a viver uma vida que agradava a Deus. Isso fez muita diferença na nossa família que era reconhecida como família de cristãos autênticos.
- Foi no Grupo Escolar Álvaro Botelho onde todos os filhos começaram aconhecer as letras e tudo o mais que fosse necessário para que, no futuro, tivéssemos sucesso na vida. Após o quarto ano, fomos matriculados no Instituto Gammon, iniciando na então “Admissão”, onde nossa primeira professora foi Vanda Amâncio Bezerra, nossa querida e amada Vandinha. Fui atleta de futebol infanto-juvenil na AOL (Associação Olímpica de Lavras) e mais tarde, em 1955, passei a praticar o futebol e demais esportes no Gammon, onde fui premiado várias vezes em várias modalidades, tudo dentro do princípio esportivo de “mente sã em corpo são”. Agradeço a Deus e ao meu Senhor e Salvador Jesus Cristo, por tudo o que aconteceu enquanto aluno do Instituto Presbiteriano Gammon, expressando isto nestes meus versos: “No Gammon nos tornamos excelentes,Com seus ensinos e com seus esportes.Mente sã em corpo são, foram os dotes,Que nos legaram mestres competentes”. Atribuímos primeiramente a Deus a ideia dos meus pais em nos colocar nessa Instituição Evangélica, o que muito contribuiu para deixar-nos preparados para uma vida melhor, dependente de Deus, através de professores bem preparados, muitos deles cristãos autênticos.
- Era uma escola “Dedicada a Deus e ao progresso humano”.Somos o que somos hoje, graças ao período gammonense de 1955 a 1958.A partir de 1959 mudamos para o Rio de Janeiro e todos nós, os sete, trabalhando e estudando em algumas Faculdades, com muita vontade de ser feliz, de acordo com os ensinamentos maravilhosos de nossos pais.No Rio de Janeiro, servi ao Exército no Grupo de Canhões Automáticos Antiaéreo 40 mm em 1960. Após, trabalhei em firmas estrangeiras e, nas horas vagas, treinava e participava de competições esportivas em várias modalidades, as mesmas que fazia no Gammon, disputando pelo Fluminense Football Club. No campeonato de atletismo carioca, na classe de novos atletas, aconteceu um fato inusitado no salto triplo: como
- primeiro atleta a executar o salto pela ordem alfabética, bati o recorde que estava quase uma década sem ser batido. Estávamos comemorando com a equipe, efusivamente, quando o segundo atleta a ser chamado, saltou quatro cm a mais… estabelecendo novo recorde depois de 1 minuto. Claro que fiquei engasgado, abatido, desanimado, etc., mas só até quando chegaram alguns diretores e me consolaram dizendo que, no esporte, o que vale é “mente sã em corpo são”. Nunca mais me esqueço disso.Lembro-me de um dos grandes momentos de emoção depois que fui para o Rio de Janeiro: Convidado a participar do evento da semana do Gammon, em Lavras, o “Revezamento das Gerações” na primeira década de dois mil. A partir daí marco presença nas festas gammonenses até hoje.Após atletismo, fui jogar futebol nas categorias de base do Vasco da Gama como goleiro, mais tarde cheguei a ser convocado para treinar nos juvenis mas meus pais me provaram que onde eu trabalhava, na NCR – National Cash Register, firma americana de computadores, estava ganhando muito mais “grana”. Fim dos esportes para mim.
- Nessa época, juntamente com meus irmãos, frequentávamos a Catedral Presbiteriana do Rio de Janeiro que, além das atividades religiosas, havia momentos de esportes com bola, nos fins de semana. Deu para desenferrujar os ossos. Na Catedral fui presidente da União de Mocidade Presbiteriana-UMP em 1967.Casei-me em 1 de fevereiro de 1969 com uma das mais brilhantes moças cristãs da igreja, Sonia Maria, sendo oficiante o Rev. Amantino Adorno Vassão. Em 10 de fevereiro fomos para o Seminário Bíblico Palavra da Vida em Atibaia-SP (1969 a 1973), completando o curso de Bacharel em Teologia. Em 1974, por exigência do Presbitério do Rio de Janeiro, passamos um ano no Seminário Presbiteriano de Campinas-SP. Assim, em Janeiro de 1975, começamos nosso ministério pastoral na cidade de Andradina/SP. Como pastor presbiteriano, trabalhei em algumas cidades de São Paulo, Minas e Rio de Janeiro. Meus três filhos, Andréa Paula, Sergio Paulo e João Marcos nasceram em 1971, 1973 e 1975 e optamos para que, somente eu exercesse o ministério pastoral, enquanto minha esposa faria o mesmo, mas, dando muitíssima atenção para com nossos filhos. Graças a Deus que essa decisão redundou em filhos segundo o coração de Deus que aprenderam as Sagradas Escrituras em casa.
- Em 1977, com nossos filhos em idade escolar, meu salário na igreja era insuficiente para subsistir com 4 pessoas. Decidi que durante o dia estaria trabalhando em Banco ou Comércio para obter renda extra e para não ser um pastor de fim de semana na igreja local, optei por ser pastor de almas, aproveitando todo o tempo disponível no período tarde-noite e fins de semana, o que me rende muitas alegrias até hoje, por levar aos pés de Jesus, crianças, adolescentes, jovens, adultos e casais, incentivando-os a frequentarem qualquer igreja evangélica que prega unicamente sobre Jesus Cristo.
- Esse ministério me dá mais tempo para um acompanhamento pessoal nos casos que mais devo dar atenção, através de aconselhamento e estudos bíblicos pessoais.Trabalhei na então famosa TONELUX, depois, BANERJ, BANCO NACIONAL DA HABITAÇÃO-BNH e na CAIXA ECONÔMICA FEDERAL até me aposentar em 1997. Minha esposa e eu trabalhamos vários anos com Encontro de Casais com Cristo, na Catedral Presbiteriana, ministério fabuloso desta Igreja e que tem abençoado milhares de casais brasis afora.Faço parte, como benemérito, da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, que se reúne mensalmente com a presença de acadêmicos do Cordel, pesquisadores do Cordel, etc.
- Tenho a honra de encerrar cada reunião, lendo um texto bíblico, fazendo uma mensagem de 2 a 3 minutos e oração final. Enfim, tudo que alcancei na vida nestes 76 anos de idade na área familiar, estudantil, profissional, espiritual e de convivência pacífica na sociedade, digo sinceramente que foi para honrar e glorificar a Deus, amando-O e amando ao próximo, seguindo um princípio baseado no Bíblia que ‘inventei’: “Ame o próximo mesmo que o próximo não esteja próximo e ore por ele”.
- Adelino Ferreira e Sonia Ferreira tem três filhos: Andréa Paula, casada com Roberto Bruder e suas filhas, Júlia, com 15 anos e Lívia com 9 anos. Sergio Paulo,solteiro e João Marcos, casado com Melina Grillo Ferreira e seus dois filhos, Felipe, com 12 anos e Lucas com 10 anos. João Marcos é pastor Batista em Amparo-SP. Sou grato a Deus por ser um dos bilhões de habitantes do planeta Terra, com “validade quase vencida”, que tem o prazer de continuar servindo a Deus e ao próximo, até àquele dia glorioso da vinda gloriosa do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
- Um dos meus grandes prazeres na vida, atualmente, nas horas de folga e o considero meu principal hobby é fazer poesias, a maioria com acrósticos. Fiz cerca de 500 poesias com acrósticos, dedicadas aos componentes da minha família menor, composta por 11 pessoas, em seus aniversários e/ou datas importantes como, noivados, casamentos, formaturas, dia das mães, dos pais, dos avós, etc.
- Também escrevi outros tantos acrósticos em textos bíblicos para eventos como os assuntos acima e também para entidades evangélicas. A propósito, colocarei mais abaixo, um texto da Bíblia com acróstico, como exemplo, referente aos 150 anos do nosso queridíssimo Instituto Presbiteriano Gammon, e também uma poesia sobre minha esposa Sonia Maria, com duplo acróstico no texto e outra referente às nossas Bodas de Ouro em 1 de fevereiro de 2019.Afinal, sou aposentado há 22 anos e preciso fazer algo que me deixe “eternamente” com espírito de jovem… rsrs, além, é claro, de continuar como servo de Jesus Cristo até o glorioso dia da Sua volta!