OS PERIGOS DO ACONSELHAMENTO
Por Diego Nascimento*
Antes de tudo se acalme: não quero jogar um balde de água fria naquele importante diálogo que você teve essa semana. Quero apenas alertar para quem e como você pede conselhos. Uma recomendação equivocada, por mais simples que pareça, poderá gerar consequências para o resto da vida.
O diálogo é a essência das relações humanas. Precisamos falar e ouvir. Mas a dica de hoje é para que tenhamos prudência ao buscar soluções para aqueles pontos de interrogação que agitam nossa mente e coração. Conheço diversos profissionais da psicologia, administração, comunicação e afins que se especializaram no aconselhamento e realizam um excelente trabalho. Vivemos em uma época confusa em que muitos necessitam de direção.
Em determinadas fases de nossa carreira no mercado de trabalho é comum nos depararmos com perguntas como: Será? Por que? Vou? E se eu não conseguir? Vale a pena? … e a lista continua por dias. Nessas horas não deixe de pedir ajuda. Como eu disse agora pouco há pessoas experientes no assunto e isso também inclui sua família. Não é à toa que temos dois ouvidos e apenas uma boca.
Ao mesmo tempo que vejo êxito em sessões de aconselhamento (participo sempre que posso) também testemunho frustrações. Assuntos pessoais acabam circulando em corredores sem a menor necessidade. Tudo isso em virtude da ansiedade. Certa vez ouvi uma frase muito útil: “Quem faz fofoca para você, faz fofoca de você”.
Talvez você prefira buscar conselhos com aquele “amigo” ou “amiga” que aparentemente poderá mostrar a luz no fim do túnel. Cuidado. Uma amizade se constrói na convivência entre vitórias e desafios. Isso vale para tudo na vida.
Observe o histórico de vida de seu conselheiro. Veja se tudo o que é dito condiz com a realidade e, por último, recomendo: antes de tomar uma decisão, pense duas, quatro … dez milhões de vezes se for necessário. Certas coisas podem não ter volta.
Diego Nascimento é Jornalista, pós-graduado em Comunicação Empresarial Marketing e Gestão de Empresas. Atua como Gerente de Apoio Educacional do Instituto Presbiteriano Gammon, Consultor, Palestrante e Professor Universitário. Trabalhou de 2001 a 2010 na Faepe/Ufla. Seus textos são publicados em mídias impressa e digital com leitores na América Latina, América do Norte, Europa, Ásia, África e Oceania. Escreve também para o Portal Rh.com.br, Administradores.com.br e Igreja Presbiteriana do Brasil.