Oops, erramos!

Por Diego Nascimento*

diegonascimento.com.br

Certa vez conheci uma pessoa que batia no peito dizendo: “Eu jamais cometo erros.” Essa frase era compartilhada com todos no escritório dia após dia e, infelizmente, incomodava os colegas por uma razão simples: somos humanos e falíveis. Agir contra esse princípio natural demonstra uma clara soberba e arrogância de quem subestima as limitações da mente e do corpo. E falando de Ética Profissional caminhe comigo nas linhas que “escreverei” a seguir.

A excelência é uma palavra muito disseminada na atualidade. Reuniões e treinamentos dentro e fora das empresas tratam do aperfeiçoamento, da qualificação e do planejamento nos níveis operacional e estratégico. O que quero deixar claro é que mesmo com as inovações tecnológicas e pesquisas que resultam em Prêmios Nobel, não teremos condições de cercar todos os equívocos que venham a surgir na prestação de serviços e/ou na oferta dos mais diversos produtos.

Mas o que fazer em casos assim? Minha primeira recomendação é o diálogo. Por meio dele sabemos se gestores e comandados sabem exercitar o ouvir e o falar de maneira produtiva e equilibrada. É conversando que teremos a uma visão ainda mais ampla do processo e dar/receber um voto de confiança, além de apurar o que de fato ocasionou o erro. A segunda dica é organizar (mesmo que isso exija tempo) a rotina de trabalho da equipe, dos setores … saiba que do mais simples estabelecimento comercial à uma gigante da indústria essa prática funciona e muito bem (claro que customizada conforme o tamanho da organização, número de funcionários e abrangência de mercado). A evolução é uma constante e jamais podemos cair na armadilha do comodismo.

Em seu livro “O poder do hábito” o  jornalista Charles Duhigg, repórter investigativo do New York Times, traz inúmeros exemplos sobre do que praticamos na vida, nos estudos e nos negócios. Ao longo de quase 400 páginas a publicação foca em padrões que moldam cada aspecto de nosso cotidiano e, sem sombra de dúvidas, falhas de pequena ou grande proporção que podem ser tratadas para que não se repitam. A humildade não está ligada apenas a condições financeiras desfavoráveis, mas à nossa capacidade de sempre aprender.

Por último, esclareço que aceitar nossa falibilidade não justifica nossa permanência no erro. Ao mesmo tempo reitero que o Super-Homem e a Mulher-Maravilha ainda são personagens exclusivos da DC Comics e seus superpoderes não representam nossa realidade humana. Mesmo assim se empenhe em fortalecer suas habilidades e ampliar sua atenção para que a excelência seja uma marca registrada em seu currículo profissional.

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