Custa caro, muito caro

Por Diego Nascimento

Você já parou para pensar que as falhas de comunicação custam muito caro para você, seu vizinho, sua família, empresa e para todos os demais setores da sociedade? Cometemos equívocos ao escrever bilhetes, pequenas mensagens no WhatsApp, em textos de e-mails pessoais, institucionais, áudios e até em propagandas. Um estudo recente mostrou que, só nos Estados Unidos, uma média de US$5 bilhões de dólares são desperdiçados anualmente por causa da comunicação feita de maneira errada nas organizações. Muita grana, não é?

Se engana quem pensa que para escrever ou falar bem é necessário cursar jornalismo, letras ou explorar um árido caminho pela gramática e pela oratória.  As boas práticas de comunicação começam dentro de casa quando deixamos um recadinho colado na geladeira com a vírgula no devido lugar. O hábito pela leitura, ferramenta essencial para a construção de um bom vocabulário, tem início por meio do nosso exemplo. E nem sempre nos atentamos para essa responsabilidade.

Por várias vezes testemunhei desentendimentos porque A não entendeu corretamente o recado dado por B. Como o resultado não foi o dos melhores, B deu o maior sermão em A por ter descumprido a tarefa. O que as pessoas não entendem é que quem deve garantir que o receptor compreenda por completo a mensagem é o emissor, ou seja, se minha mãe pede para eu retirar o bolo do forno às 16h15 é dever dela assegurar que, de fato, eu compreendi que o horário não é outro. O que passar disso é falta de compromisso, habilidade ou competência de quem recebeu a tarefa.

No início do artigo dei o exemplo monetário de quanto custa caro para empresas norte-americanas lidarem com as falhas de comunicação. Mas pense comigo: quantas coisas foram compradas desnecessariamente no supermercado por um erro bobo na transmissão do pedido/recado? Até o seu bolso sofre o impacto. Entende agora como o assunto é sério?

Quais os devidos cuidados para uma comunicação eficaz?

  • Seja escrevendo, falando ou digitando tenha absoluta certeza de que as palavras estão corretas;
  • A vírgula e o ponto final são seus amigos e não fazem mal a ninguém. Sempre que for necessário os convide a fazer parte de sua mensagem;
  • Se receber alguma informação compartilhada apure, sempre, se o conteúdo é verdadeiro e digno de ser “passado para a frente”;
  • Ouça mais e fale menos;
  • Fuja da fofoca e dos cuxixos de corredor;
  • Verifique se o canal de comunicação escolhido é o melhor caminho para a sua mensagem;
  • Garanta que o destinatário entendeu o seu recado;
  • Peça ajuda na revisão do texto/fala (se necessário);
  • Jamais tenha vergonha de reconhecer as limitações linguísticas e de buscar o aperfeiçoamento.

Finalmente, antes de ir embora, gostaria de ouvir e ler relatos de falhas de comunicação que direta ou indiretamente atingiram você. Comente no site www.diegonascimento.com.br ou responda ao e-mail, se preferir.  Tenho o dever de ser realista, prático e direto nos artigos e, por isso, sua participação é fundamental!

Até mais!

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