REFLEXÃO DA SEMANA – A dor de cabeça
Por Diego Nascimento*
Na minha infância eu tinha constantes crises de dor de cabeça. Fui ao médico e após vários exames nada foi constatado. À medida que fui crescendo os intervalos de dor diminuíram e hoje, na casa dos 30 anos, tenho uma perfeita saúde mas quando o incômodo chega, sei que é fruto de uma noite mal dormida, excessos na frente da tela do computador ou mesmo um má digestão. Uma boa soneca (quando possível) e um tradicional remedinho (de conhecimento do médico) são capazes de deixar minha mentenovinha em folha. Mesmo assim sei de casos mais delicados que exigem um diagnóstico detalhado e tratamento. Mas se você pensa que o artigo de hoje é sobre saúde, se engana.
Ao exemplificar minha dor de cabeça, mostrei que ela é passageira e tratável. Mas essa mesma expressão está presente em cenas do cotidiano pessoal e profissional. Quem já não disse: “Nossa, essa situação está gerando uma dor de cabeça…” ou “Jamais imaginei que a decisão que tomei geraria tamanha dor de cabeça”. Nesse caso, a dor tão citada não é física, mas emocional. É causada por escolhas feitas no impulso e sob uma aparente justificativa de liberdade e autonomia. O que mais pode nos deixar perplexo é que muitos desses sintomas não são fruto de uma “inocência” mas de falta de sabedoria. É nesse ritmo que ocorrem os chamados tropeços na liderança de uma equipe, na formulação de uma regra de atendimento, na expansão de atividades sem o devido preparo ou mesmo na expedição de uma ordem que pode gerar muito desconforto entre os colegas de trabalho, sem necessidade. É literalmente “agir sem pensar”.
Um dos mais brilhantes livros de administração pessoal e profissional que leio é Provérbios, parte integrante da Bíblia Sagrada. O Rei Salomão, reconhecido como o líder mais sábio que já existiu, deixou um registro marcante totalmente inspirado por Deus. No capítulo 3, versos 5 e 6 está: “Confie no Senhor de todo o seu coração e não se apoio em seu próprio entendimento; reconheça o Senhor em todos os seus caminhos, e ele endireitará as suas veredas.” Isso nada mais é buscar uma referência digna de ser seguida, planejar e antecipar potenciais riscos. Mesmo em 2016, na chamada era pós-digital, há pessoas que insistem em se aventurar por meio de diálogos inadequados, de um estilo de vida guiado pela “maioria” e subtraindo do cargo e da responsabilidade os valores morais tão clamados por uma sociedade fragilizada por tombos e tropeços.
Seja no trabalho ou em sua vida pense “um milhão de vezes” antes de falar algo, tomar alguma decisão ou conduzir qualquer projeto. Integridade é um valor apreciado e precisa ser refletido por todos os lados: da liderança para a equipe e da equipe para a liderança e acredite: isso influencia até nos resultados financeiros da empresa. Independente de onde esteja faça o melhor. Você é observado. Esteja atento: há dores de cabeça que duram uma vida inteira.
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