Personalidade Gammonense: Juan Pedro de Oliva Paton, o famoso Professor Paton

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Prof. Paton

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Prof. Paton

O Personalidade Gammonense de hoje homenageia Juan Pedro de Oliva Paton, o famoso Professor Paton, que atuou no Gammon entre as décadas de 1950 e 1960. No último sábado, 24 de junho, ele celebrou 90 anos de idade esbanjando simpatia, lucidez e bom humor. Continue a leitura e saiba um pouco mais da história desse ícone da Educação no Brasil.

 

Natural de Birigui, Estado de São Paulo, JOÃO PEDRO OLIVA PATON nasceu aos 24 de junho de 1927. Filho do casal de cafeicultores fazendeiros – imigrantes espanhóis – PEDRO JOSÉ OLIVA FERNÁNDEZ e GENARA PATON, viveu no Brasil até aproximadamente os 04 (quatro) anos de idade, em propriedades rurais de seus genitores, nas cidades de Birigui e Araçatuba, ambos municípios do interior Paulista. Na década de 1930, segue com os pais para Espanha, onde passa a infância, adolescência e princípio da fase adulta na cidade denominada, Sorihuela Del Guadalimar (localizada na região de Jaén – Andaluzia, Sul da Espanha). Aos 16 anos de idade, passa a residir em Valencia Del Cid (sul da Espanha), após ingresso no Colégio Militar, numa espécie de preparatório à academia militar da Marinha Espanhola onde estudou, por cerca de três anos consecutivos.

Aos vinte e cinco anos de idade, já graduado como professor de Filosofia Pura e História, após temporada num seminário na Itália, próximo à cidade de Turin, donde se avistava o famoso Piemonte, soube de uma oportunidade de trabalho no Brasil. Embarcou com destino ao Brasil, em 09 de maio de 1952. Foram longos 15 dias, mar adentro, com poucas escalas durante o percurso da Europa à América Latina. Estava navegando rumo ao Brasil, sua terra natal, onde desembarcaria como imigrante e que não dominava o idioma Português, apesar de ser fluente em Espanhol, Grego, Italiano e Latim. Pisa em solo brasileiro, na cidade de Santos (litoral paulista), aos 24 de maio de 1952. Segue para São Paulo (capital) e inicia o trabalho como professor de Línguas e Filosofia, num seminário católico. Após, o período de um ano, é designado a lecionar noutro seminário na cidade de Tubarão, Santa Catarina (Sul do Brasil). Permanece na região sul brasileira até o ano de 1954, para novamente, ser designado à outra localidade do país. Passou então, a residir em Lavras (Sul de Minas), município onde teve primeiro emprego em Minas Gerais, como docente no extinto, Colégio Católico Nossa Senhora Aparecida, daquela cidade. Após converter-se ao protestantismo, ingressa como professor no Instituto Gammom, ainda em Lavras, no ano de 1955.

Casa-se com a Professora mineira, de Ribeirão vermelho, Zaíra dos Santos Carvalho Paton, aos 19 de maio de 1962. Contraiu matrimônio na 1ª Igreja Presbiteriana de Lavras. A cerimônia religiosa de enlace foi conduzida pelo então Pastor e, posterior, escritor brasileiro e internacionalmente reconhecido, Rubem Alves. Ao final do mesmo ano é transferido de novo, para trabalhar num colégio estadual, na cidade de Três Corações (Sul de Minas). Cidade onde gera seus três filhos: Pedro José Oliva Carvalho (Radialista), Ester Patrícia Oliva Carvalho Sales (Professora) e Euclides Eduardo Oliva de Carvalho (Jornalista e Advogado).

Permanece atuando como docente em terras tricordianas até o ano de 1972, quando por último, ocorre mais uma transferência à cidade de Varginha (Sul de Minas), onde fixou residência até se aposentar em meados da década de 1980, como professor do Estado. Ao todo dedicou mais de 40 anos à vida profissional no setor de Educação.

Atualmente, Professor Paton chega viúvo aos 90 anos de vida, após perder sua companheira em 07 (sete) de setembro de 2016, depois de 54 anos de casamento de amor intenso. Administra sua casa em companhia dos filhos e leva vida pacata. Possui quatro netos (Daniel Oliva Sales, Rafaela Oliva Sales, Wagner Sales Júnior e Ana Flávia Machado Carvalho).

Nos atuais dias, dedica grande parte de seu tempo à leitura e bate-papos, com ex-alunos e amigos. Professor Paton, como é carinhosamente conhecido na região sul mineira, imprimiu um legado de retidão na conduta pessoal e profissional, onde visualiza que só por força da Educação, o homem pode superar limites, internos e externos, a fim galgar vida digna, cidadã e quiçá notoriedade, sempre por meio de esforços honestos e próprios.

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