Reconheça seus erros Por: Diego Nascimento

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Faz algum tempo que tenho raciocinado sobre uma frase traiçoeira e que tem se tornado comum em nosso dia a dia: “errar é humano.”
Mas até que ponto uma afirmação dessas é uma eventualidade ou se torna
uma constante nas responsabilidades que assumimos? Quantas vezes a
“humanidade” ou o simples fato de sermos carne e osso respalda os
deslizes que cometemos? Garanto que você, lendo esse pequeno trecho,
trouxe à memória algum fato recente onde atuou como personagem
principal. E para partilhar desse sentimento vou te contar o que
aconteceu comigo.

Duas semanas atrás aceitei participar de um evento onde
eu falaria a respeito da Bíblia (tenho o hábito de estudar as Sagradas
Escrituras). Como de costume marquei data, horário e local na agenda
eletrônica e com a devida antecedência prepararei o material. Cheguei a
convidar familiares para irem comigo e com tranquilidade fui para a
estrada rumo ao meu destino. Chegando lá percebi o local cheio e fiquei
impressionado com o compromisso da comunidade. Ao mesmo tempo notei que o
líder, que havia feito o convite quinze dias antes, também estava lá.
Foi um misto de curiosidade e estranheza, pois, minha presença
aconteceria em virtude da ausência dele naquela data. Para meu espanto
eu era, de fato, aguardado para o estudo. A diferença estava no
endereço: por um lapso eu registrei na agenda outro destino quando, na
verdade, eu deveria estar a 20Km de onde havia estacionado meu carro.
Uma verdadeira tragédia.

Preciso dizer que situações assim são injustificáveis.
Minha falha causou desconforto e rendeu momentos de profunda
preocupação com o grupo que certamente me aguardava em outra cidade. Na
busca por um culpado (eu mesmo) só me restava um pedido de perdão
futuro. Após o envio de algumas mensagens fui parcialmente acalentado ao
saber que um membro da outra comunidade havia “assumido o controle” em
meu lugar. Prontamente manifestei meu voto de louvor pela pró-atividade e
reiterei meu lamento por toda a confusão. Embora eu entenda que não
somos seres robotizados, programados para seguirmos uma sequência de
códigos, é fundamental entender que há limites até mesmo para equívocos.
A falta de sensibilidade para minimizar falhas tem resultado no
sofrimento de indivíduos, famílias, empresas e até de países pelo mundo
afora.

Recentemente li sobre um homem que mesmo na terceira
idade tem sido alvo de inúmeras denúncias por crimes cometidos ao longo
de sua vida. Ao que parece ele errou a primeira, a segunda…. a vigésima
vez e por causa da falibilidade que já carregamos conosco ele optou por
cair na armadilha do comodismo e fazer dos equívocos um costume. O mais
lamentável é que não arcamos sozinhos com as consequências de nossos
erros e pessoas do entorno acabam recebendo “estilhaços” dos nossos
tombos.

No meu caso observamos uma clara falha de conferência.
Mesmo tendo sido a primeira vez que isso tenha acontecido, meus esforços
para que não se repita foram redobrados. Não vivemos por nós mesmos.
Grandes oportunidades implicam em grandes responsabilidades. Que tal
fazermos uma avaliação dos deslizes e traçarmos estratégias para que
nossa caminhada seja mais firme e segura? Tenho a absoluta certeza de
que muita coisa irá mudar … e para melhor!

 

diegonascimento.com.br

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