Personalidade Gammonense – Carlyle Florenzano

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Nasci em Lavras (MG) no dia 10 de Janeiro de 1952, filho de Ary Florenzano (historiador, genealogista e Gammonense) e Augusta de Oliveira Faria Florenzano.

Em 1959, com 7 anos de idade, mantive o meu primeiro contato com o Instituto Presbiteriano Gammon. Levado pelas mãos de meu pai, fui apresentado e entregue a D. Leonor Botelho na Escola Carlota Kemper para iniciar meus estudos no primeiro ano primário.

Fui encaminhado para a sala daquela que seria a minha primeira e saudosa professora, D. Belisa Paiva Romeiro. Era uma pessoa enérgica e de uma sabedoria incrível para lidar com a criançada.

O livro com o qual iniciamos a nossa alfabetização foi “O Livro de Lili” de autoria de Anita Fonseca cuja primeira lição eu nunca me esqueci: “Lili! Olhe para mim, eu me chamo Lili, eu comi muito doce, vocês gostam de doce, eu gosto tanto de doce”. Entre os colegas que juntamente comigo começaram seus estudos lembro-me de Fausto Novais, Helena Augusta de Souza (Guta), Ivan Pereira de Souza, Ivan Pereira Leite, José Carlos Santiago, Lílian Corradini, Regina Célia Pinheiro, Ricardo Cartaxo Modesto de Souza, Roseana R. de Figueiredo, Tereza Cristina P. de Souza (Teca) e Virgínia Márcia Correa Lasmar. Em 1960 fui para o segundo ano com aquela que também nunca sairá do meu coração, D. Vanda Amâncio Bezerra Mendes (D. Vandinha), que com seu jeito brincalhão e ao mesmo tempo sério (entenda quem quiser), tinha o seu jeito peculiar de se comunicar com a garotada.

Em 1961 e 1962 tive como professora a D. Maria Eugênia Romeiro (Biló) filha de D. Belisa. Senão me engano foi a sua primeira turma pois havia acabado de se formar. Como não poderia deixar de ser, também foi uma professora de suma importância em minha vida pois trazia como herança o conhecimento pedagógico que lhe passou sua mãe. Durante essa época tivemos a nossa iniciação em inglês com D. Margareth Carnahan (D. Margarida) Diretora do Kemper e aulas de música com D. Dalva Emerick. Também aprendíamos a cultivar uma horta de legumes e verduras em que dois alunos plantavam e cuidavam de cada canteiro.

Eu tinha uma letra horrível e no 3º ano, a D. Leonor Botelho me deu um caderno de caligrafia com exercícios para fazer em casa que era verificado todos os dias (imaginem os colegas como curtiam comigo). Com a sua ajuda, consegui melhorar a minha letra mas até hoje tem coisas que escrevo e depois não consigo ler. Formamos em 1962 tendo como paraninfa a D. Belisa que em seu discurso não poderia ter deixado de falar sobre minha “bela letra”, e oradora a Tereza Cristina (Teca). No Ginásio e no Científico tive como professores Prof. Pereira (Matemática), Prof. Waldir (Matemática), D. Loudes (Francês), Prof. Louzada(Geografia e Ciências), Dr. Almir (História), Prof. Jeová Medeiros (Química e Física), D. Marta (Português), D. Nely Furbetta Pinheiro (Português), D. Miralda Bueno (Biologia), Rev. Randolf Harrison (Religião), Prof. Sinval Silva (Religião), D. Lucinda De Muzio (Inglês), D. Ângela Paula Lima ( História), entre outros. Um detalhe importante referente a um professor: quando entrávamos na sala de aulas com o Dr. Almir e o mesmo falava “tirem uma folha”. Ou estudávamos para todas as sua aulas ou nos dávamos muito mal em suas provas. Mas não era só estudar, também participávamos de atividades extra classe como a fanfarra, na qual toquei vários instrumentos e me especializei no surdo. Por diversas vezes fomos convidados a tocar em outras cidades e dávamos um show.

Participei também do Grêmio Literário e Recreativo Sinval Silva onde entre outras atividades, tinha a teatral (sempre humorística) copiávamos alguns programas de televisão, trazendo os assuntos para o nosso meio e os apresentávamos nas Assembléias Especiais e/ou na Festa dos Calouros. Entre eles cito a Escolinha do Golias, apresentada pelo colega Antonio Carlos Bertolucci Murad (Cacá) como o Golias. Nessa época, passou o filme Romeu e Julieta e eu e o Cacá resolvemos escrever uma paródia sobre o mesmo. Alguns que integraram esse elenco foram Ricardo Diniz (Romeu), Lelena Cicarelli (Julieta), Eu (padre), Dra. Tania Giarolla (madre) entre outros. Essa apresentação ficou famosa pois era muito engraçada. Antes das apresentações, os textos tinham que passar pela “censura” e serem aprovados ou não pelo Dr. Almir (quando foi Reitor) ou pelo Prof. Roberto Coimbra (quando foi Diretor). Me lembro também de uma apresentação que fizemos de uma peça teatral denominada “Inconfidência na Praça” de autoria do dramaturgo Jota Dangelo, com direção geral de D. Ângela Paula Lima, direção musical de Sérgio Wagner de Oliveira (Bicanca), participação minha, Homero de Carvalho Faria, Magda de Souza Farias e outros. Lembro aqui alguns/mas colegas do Ginásio e Científico: Antonio Carlos Bertolucci Murad (Cacá), Levy, Carlinhos do Foto, Dr. Juarez Araújo (Juá), Beatriz Moura, Licia Maria Salgado, Heloísa Helena Cicarelli Guimarães (Lelena), Dra. Tania Giarolla, Helio Freire, Romilton Valeriano, Ricardo Diniz, Luiz Fábio de Mesquita, Pirola, Javes, Marco Fábio Camargo Franco (Taco), James De Muzio, Paulo César de Souza (PC), Ricardo Carvalho Pacheco, Débora Carvalho, Luiz Carlos Carvalho (Cacau), Edilson Carvalho, Rodrigo Magalhães, Márcio Guerra, Paulo Tadeu Rocha Faria, Nathanael Handolph Harrison (Nat), Nina Harrison, Antonio Renato Pacheco (Pachequinho), José Luiz Gonzaga do Nascimento (Pulga), Eduardo Furtini, Fábio Mesquita Faria, Paulo Lima, Denise Diniz, Edilson William Lopes, José Alves Jr., Miguel Ângelo da Silveira (Miguelão), Orlando Haddad, Ricardo Siqueira (Paparroz), Trajano Vilela Reis, Patrícia Senna, Israel Alexandre Pereira Filho, Magda Carvalho de Souza, Maria Luiza Campos Lima (Malú), Monica Carvalho, Rosane Siqueira, Geraldo Cesar Rocha (Gessé), Antonio Penido (Toninho Coelho), e muitos outros que a memória está deixando escapar. Não posso deixar de citar duas pessoas muito respeitadas por todos nós gammonenses que foram o Seu Tião e o Black os quais eram responsáveis pela limpeza. Nessa época me transferi para outra instituição de ensino e me formei em Técnico de Contabilidade.

Após, me mudei para o Rio de Janeiro onde moro até os dias de hoje, fiz o Curso de Administração na Universidade Estácio de Sá, e me casei com Cláudia Guiomar Motta Florenzano tendo dois filhos Cássio Motta Florenzano e Carla Motta Florenzano. Tive uma loja de discos e fitas no final dos anos 60 na Praça Dr. Augusto Silva, 80 onde hoje é a Caixa Econômica Federal denominada “Carlyle Studio” em Lavras (MG), trabalhei no Rio de Janeiro no Banco Rural S/A, ICI Paints (Tintas Coral) e Muresco – Tendencia y Diseño onde me aposentei. Hoje me dedico a uma atividade que sempre fez parte da minha vida que é a música, tocando cavaco em rodas de samba, me divertindo com os amigos e trabalhando a mente para que não fique pior do que já está. Já deu para notar né? A GENTE SAI DO GAMMON MAS O GAMMON NÃO SAI DA GENTE.

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