Personalidade Gammonense: Norma Bergo Duarte de A. Brandão

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Residindo atualmente em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, é casada com
o médico e professor universitário Cyriaco Bernardino Duarte de Almeida Brandão, com quem teve os filhos Cyriaco, Thais, Débora e Guilherme, que, por sua vez, lhes deram os filhos Ana Carolina, Eduardo, Cyriaco, Isadora, Luiz Fernando, Pedro, Thais, Gabriela, João, Daniela, Maria, e os bisnetos Laura, Fábio e Luiza.
Norma foi aluna interna da Escola Carlota Kemper, que era a unidade feminina
do Instituto Presbiteriano Gammon, entre os anos de 1944 e 1956.
Segundo ela, foram os anos mais marcantes de sua vida, pois ali sentia-se feliz
ao lado de suas colegas e amigas. “Tive na Escola Carlota Kemper, uma educação completa. Além das matérias curriculares, aprendíamos a bordar e a costurar, com a professora Delminda Azevedo, a querida D. Bida. Em sua casa, havia inúmeros pés de jabuticabas e nós, internas, éramos convidadas para saboreá-las. Além disso, aprendíamos Decoração de Casa e Arte Culinária com Miss Margaret Carnahan (Curso Superior de Economia nos Estados Unidos) e Puericultura com D. Nieta Macieira”, recorda.
Norma lembra também da cultura lavrense. Na época em que estudou na
cidade, destaca a atuação da SAL (Sociedade dos Amigos de Lavras), que promovia eventos culturais, contando sempre com a presença de convidados importantes, como o cantor Tito Schippa, de fama mundial; o pianista Nelson Freire, que aos cinco anos já demonstrava a genialidade que o tornaria um dos maiores músicos brasileiros e mundiais; o maestro Eleazar de Carvalho, que regeu o Hino Nacional Brasileiro, no Auditório Lane-Morton; dentre outros.
Ainda de acordo com Norma, o Gammon tinha na época um Departamento de
Música com características de conservatório, onde os alunos estudavam piano, violino, canto lírico e outros instrumentos musicais. “Duas vezes por ano, eram realizadas audições musicais no Auditório Marta Roberts e só passavam de ano quem participasse pelo menos em uma delas. Destaco a atuação magnífica da professora Josefina Aranha de Castro, que lecionava nas turmas mais adiantadas e também nas do Curso de Aperfeiçoamento. O educandário tinha um excelente coral regido por Miss Mildred Romer, com a apresentação de obras sacras, como ‘O Messias’, de Georg Friedrich Händel, além de oratórios e peças de Johann Sebastian Bach. A opereta ‘O Mikado’, de Gilbert Sullivan, foi encenada no Auditório Lane Morton, ocasião em que tive o prazer de ser a pianista”, recorda Norma, que ainda acrescenta: “Com Miss Mildred, aprendi Regência de Corais, o que me foi muito útil como profissional da música”.
O amor pela leitura também lhe foi despertado na Escola Carlota Kemper,
através de leituras orientadas pela bibliotecária de então, respeitando sempre as faixas etárias. “Passei a admirar os escritores russos Leon Tolstói e Fiódor Dostoiévski, o que me motivou a grandes viagens culturais por esse mundo a fora, na companhia de meu marido”.
No esporte, a ginástica também era rígida. Segundo Norma, “se faltasse duas
vezes ocorria uma perda de saída e o ‘estudinho’ no sábado à noite”.
Em agosto, no aniversário do Gammon, diz ela, “fazíamos lindas demonstrações de Ginástica Rítmica e Desportiva, com arcos, bambolês, bastões, tudo planejado por D. Edna de Campos Lima, esposa do professor José Lima, que era uma pessoa das mais carismáticas”. Vale ressaltar que Edna Lima foi uma das primeiras alunas formadas na Escola de Educação Física da Universidade do Brasil.

Norma lembra com saudades de Selma Rezende Scheid Lopes, que se destacava nas modalidades de vôlei, basquete e atletismo. “Foi uma grande honra jogar com a Selminha”, afirma Norma, que participou com orgulho de competições de vôlei, basquete e atletismo, jogando pelo Gammon, no Instituto Isabela Hendrix, em Belo Horizonte, e Instituto Bennet, no Rio de Janeiro, nos Jogos da Primavera.
Ela recorda ainda dos passeios e piqueniques (de modo especial na
Comunidade do Faria, quando iam de trem sempre em noites de lua cheia); da
patinação aos sábados no barracão; da leitura da Bíblia no corredor após às 22h; dos estudos; dentro dos armários à luz de velas das “tendas” montadas no beliche das aulas de dança nos quartos; do açúcar da enfermaria para comer abacate (usando esquadro e transferidor como colher); do passo de gato de Miss Margaret para pegá- las lendo romance durante o estudo; das músicas ouvidas pelo rádio, através de um alto-falante na praça, colocadas pelo Alfredo Wenzell (são tantas lembranças…); do repique dos tambores quando a banda dos rapazes iam buscá-los no Kemper etc.
Norma ressalta com entusiasmo as amizades conservadas com carinho até
hoje, tanto é que mantém um grupo de amigas, que está sempre se encontrando e recordando dos momentos que jamais serão esquecidos: Amigas para sempre ou Forever friends
Ao finalizar, disse Norma: “O Instituto Presbiteriano Gammon está
eternamente no nosso coração”.

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Norma Bergo Duarte de Almeida Brandão

 

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Encontro das amigas Kemperinas .
Patrocinado pelas irmãs Costa, Paulina , Maria Francisca e Jacira. Em Itamonte – 2011

 

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As kemperinas: amigas para sempre!

 

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As atletas

 

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Encontro festivo das amigas kemperinas

 

 

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Legenda : Denise , Anelise, Maria Cecília, Haydée , Marli , Lilian Ruth , Maria Eliza e Jamile, Norma Bergo

 

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Demonstração de Ginástica e Desfile no
Dia do Instituto Gammon

 

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Demonstração de Ginástica e Desfile no
Dia do Instituto Gammon

 

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