A velhinha e as moedas

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Por Diego Nascimento*

Especial para o aprendasobreabiblia.wordpress.com

Estacionar o carro tem sido um desafio em inúmeras cidades pelo Brasil, principalmente se essa missão trouxer novidades para quem estiver sem o devido preparo ou treinamento. O personagem desse artigo sabe bem disso e fez questão de compartilhar o episódio que contarei a seguir.

Ao visitar um município para atender a questões profissionais o motorista encontrou uma vaga atraente e de fácil acesso; não pensou duas vezes e acomodou o veículo. Correu até o parquímetro e foi surpreendido pelas restritas opções para pagar o estacionamento: moedas, cartão fidelidade ou um aplicativo de celular. Com os bolsos contendo apenas notas, comércio fechado, internet falhando, horário mais do que apertado e sendo um “turista” o nosso personagem foi impactado com uma atitude inesperada.

Enquanto ele tentava buscar uma saída rápida e inteligente para aquele “problemão” o motorista ouviu uma voz com a seguinte pergunta: ” – O Sr. necessita de moedas? Eu posso ajudar” Era uma pequena senhora manifestando o amor ao próximo durante uma saudável caminhada matinal. Imediatamente o problema foi solucionado e nosso amigo seguiu a tempo de seu compromisso; a atitude daquela velhinha tivera um profundo significado.

No livro de Gálatas 6:9 encontramos a seguinte orientação: “E não nos cansemos de fazer o bem”. O próprio Jesus ofereceu incríveis demonstrações de acolhida e compaixão a pessoas que humanamente ele desconhecia. É dele as palavras que lemos em Mateus 5:16: “Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus.”Nosso estoque de gentileza precisa ser gasto e suprido para que mais e mais gente seja alvo de nossa benevolência. Para o cristão essa é uma regra natural e notória; do contrário é extremamente preocupante.

Avaliar nossa conduta por meio do que é falado e feito nem sempre é fácil. O corre corre do cotidiano impede que ações simples sejam praticadas e compartilhadas até dentro de casa. Precisamos direcionar nossa mente e intenções para o coletivo, a começar por nossa família. O “Eu me basto” é uma expressão nociva para quem busca testemunhar o verdadeiro amor de Cristo. A ilustração das moedas no parquímetro mostra que há situações inesperadas em que podemos fazer a diferença jogando fora a soberba e a arrogância, e fazendo dos ensinamentos de Jesus um reflexo diário onde quer que estejamos.

“Tudo o que fizerem, seja em palavra seja em ação, façam-no em nome do Senhor Jesus, dando por meio dele graças a Deus Pai.” Colossenses 3:17

  • Diego Nascimento é presbítero da I Igreja Presbiteriana de Lavras (MG)

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