O MENINO DE SÃO DOMINGOS  E SEUS 20 MIL ALUNOS.

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O MENINO DE SAO DOMINGOS  E SEUS 20 MIL ALUNOS.

                                         JOSE CREPALDI FILHO

  • A BASE
  • Nascido em 23 de outubro de 1942, em plena IIa. Guerra Mundial, em SÃO DOMINGOS de Perdões. Quinto filho de uma família de 7 irmãos. Infância maravilhosa e cheia de grandes emoções,

Foto de 1943 – Jose Crepaldi Filho

  • Em primeiro de março de 1949, dia chuvoso, estrada de carro de boi, a uma légua de Perdões, eu fui com os amigos de infância para o grupo Escolar Otaviano Alvarenga. A professora chamava-se Mirtes Lesmar, bonita, batom vermelho, vestido rodado, e a Diretora chamava-se Ligia, filha do Delegado da cidade.
  • Em 1950, fiiz o segundo ano primário, professora Carlota; acordava às 5 horas para chegar à escola antes das 7 horas, às vezes estava escuro pela manhã e, naquelas cavas frias, era necessário correr, talvez de medo da mula sem cabeça ou das apanhadeiras de café que faziam a rota contrária  para apanhar o café no arraial de Cata Branca. Era um martírio. Todos dias 6 km de ida e 6 km de volta.
  • Nesta época, já tinha 3 irmãos que estudavam no Gammon: Erohtides, Dirlândia e Nilson. Hoje penso como meus pais suportavam tantas despesas como simples vendeiros de um arraial. Nas férias, todos ajudavam para que as despesas do colégio fossem amenizadas

Em  1951,  fiz e repeti o 3*.ano primário; até  hoje, penso  por que Carlota não aprovou o menino de 20 mil alunos, sem a chance de estudos de recuperação ou ensino paralelo, sem apoio pedagógico e tampouco psicológico. Era a bomba direto.  Foi traumático.  Ao voltar em 1967 para ajudar montar o II*. grau na Cidade de Perdões,  17 anos depois me sentia culpado por ter perdido um ano em minha vida; não era só um ano, eram  2880 km de idas e vindas e muitas alpargatas rodas.

  • Em 1952, fiz novamente o 3*. ano primário, com a professora Ana Pereira, uma das minhas referências de futuro educador. Culta, enérgica, profunda conhecedora do que ensinava e reconhecedora do esforço que fazia para chegar à escola antes de 7 horas, com chuva, com aquele frio cortante do sul de Minas.
  • Em 1953, fiz o 4*.ano primário com a professora Maria Lúcia, esposa do Juiz de Direito da Cidade; os irmãos Erothides e Dirlândia ja haviam se formado,  aquele em Contabilidade e  esta como professora, no Carlota Kemper, com todas honrarias da época. No Gammon, continuavam  Nilson e agora
  • Em 1954, fiz o curso de admissão no Colégio Padre Pedro Pinto em Perdões, mas meu pensamento era ir logo para o Ensino do Gammon, muito decantado por todos da família. Preparei o ano todo com professora chefe que ministrava Português e Matemática, Dulce Alvarenga. O fim do ano chegava e, às vezes, sentia um frio na espinha em pensar que estava muito próximo do começo de um sonho. Só tinha ido às dependências do Gammon na formatura de Erothides, em 1951.
  • AMPLIAÇÃO DA BASE
  • Chegou o fatídico dia 30 de novembro de 1954, meu pai parou sua caminhonete Chevrolet na porta da casa do prof. Sinval Silva, este de baixa estatura, usando um terno cinza e gravata vermelha, veio ao encontro de meu pai  e o abraçou e dizendo:  este é o quinto não é, seu Zé”; virou-se para mim e disse, de sapato novo, né, seu moço. Estava mesmo com um sapato marrom de bico fino que foi meu companheiro por muito tempo.
  • Em 1955, fiz a primeira série ginasial no Gammon, tudo para mim era novo; Prof. Sinval mandou que me alojasse no dormitório ZERO; tinha como colegas de quarto: Coquinho( um cambraia de Santo Antônio do Amparo-Mg), Periquito( Orígenes Pereira, Olímpio Noronha- Mg) e aí passei a ser conhecido pela alcunha PERUZINHO; porque Nilson era o Peruzão, Wilson era o Peru,
  • Professores eram Paton, Lourdes, Marta, Sandy, Nina, Osório,  Lima e Batista
  • Os esportes praticamente não existiam para nós mínimos. Ronan e Ronaldo , os peixes, gêmeos, tentaram fazer um treinamento com os mínimos, mas não deu certo. As “peladas” no campinho perto das Jabuticabeiras era nosso local de encontro.
  • A primeira aula de Francês de Lourdes parecia infindável porque a turma que não tinha aula já esperava para o futebol. Ela nos chamava pelo nome completo e perguntava: Qu’est-ce que c’este? Cest un crayon. Assim ela repassava a turma toda.  Ali era o inicio do estudo de Francês que se estendeu até o 2*. Cientifico, em 1960 e hoje sei muito bem a palavra bonjour.

A disciplina Português era lecionada por  uma professora com boa didática e com   método ensino bastante moderno. Sempre tive muita dificuldade  nesta disciplina,  por isso me esforçava ao máximo nessas aulas.

Sobre as disciplinas de História, Geografia, Ciências, Desenho,  Trabalhos Manuais e História Sagrada não me recordo de nada de excepcional.

O professor de matemática era decantado pelos colegas,  não me acrescentou nada, tanto  em nível de conhecimento  como em nível didático, o mesmo falava um portunhol que às vezes me deixava indeciso.

  • Em 1956, cursei a segunda série ginasial, talvez esse tenha sido o ano mais excepcional dos 7 que no Gammon   Esse fato se deve não só ao gabarito  dos   professores Roberto Coimbra, Waldir Azevedo, Pedro Paton, Domingos Sandy, Maria de Lourdes, Jose Lima, Batista mas também  à  chegada do meu “Guru” prof. Quinan, meu segundo pai, meu amigo, meu conselheiro, meu apoio nos momentos complicados e meu orientador profissional. Mais tarde seria meu padrinho de casamento com Elisa em 1968. Quinan reformulou o esporte de base do Gammon, promoveu torneios e deu oportunidades a todos de praticar esportes . Agora, mais acostumado com o ensino gammonense  e com os colegas de sala, entre os quais  destaco alguns que estiveram comigo desde 1955 até 1961, como  Enivanes de Abreu Vilela, Cesar Wilson Berto e Jeová Medeiros. Continuava morando no dormitório ZERO tendo como colegas o Periquito, o Baiano  ( Armando Menezes), Salvador- Ba e Estelcy Tavares, Varginha-Mg.  A  limpeza   do dormitório era  feita pela D. Ritinha, e o  regente era o Lair.
  • O prof. Quinan promoveu, no primeiro semestre daquele ano, os campeonatos de futebol e alguns mínimos foram escolhidos para capitães.  Eu( peruzinho) fui escolhido como capitão  do  time Juventus. Quando  tive oportunidade de conhecer o Pastor Adelino e Economista Tony, cujas amizades se  estenderam até os dia de hoje

  • Foto do Time do Juventus do campeonato de mínimos de 1956
  • Normalmente, depois do almoço, ficávamos num papo interminável nas portas dos dormitórios, e os fumantes iam para o fumógrado ( lá nas escadarias do Castelo Branco); se Sô SINVAL surgisse, esparramavam todos, e as guimbas eram catadas pelos, guimbeiros. Nós, os não fumantes, às vezes éramos fotografados por aqueles que possuíam as máquinas com filme e depois recebíamos os negativos para revelar.

  • Foto em frente o dormitório 2 de cima: Panceta, Baiano e Peruzinho

As notas  das provas semestrais  eram expostas num quadro de aviso na parede da sala de desenho do prof. Domingos Sandy, nós tínhamos como exemplo determinados alunos, e Alisson Paulinelli era o centro das atrações.

  • No II. Semestre de 1956, prof. Quinan, com orientação do prof. Lima, promoveu o campeonato de Atletismo e, na categoria de mínimos, o PERUZINHO, venceu a prova de 1000 m estabelecendo um recorde de 3”04
  • Naquela época, não existia a recuperação paralela e tampouco o sistema de recuperação que existe na atualidade e, em consequência, o número de alunos que repetiam as séries era muito grande.  Isso é comprovado no Livro de Araken Bezerra quando se compara o número de os alunos matriculados na 1a. Série de 1955 com os matriculados na  2a. Série de 1956.
  • Os alunos internos de 1 ,2 e 3a. séries eram obrigados a destinar 2 horas ( 19 às 21 horas) de segunda a sexta, para o famoso ESTUDINHO, no qual faziam os para casa “ ou estudavam para as provas. Um fato interessante ocorria todos os dias, pois, quando um trem RMV descia em direção a estação de Lavras e apitava, um aluno chamado Dilson( Patos de Minas-MG), muito maluco, reproduzia aquele som como maestro da bagunça e todos o acompanhava, O regente, acho que era o Tiziu, chamou o prof. Quinan, que nervosamente referendou a sentença: todos estão proibidos de sair no sábado e no domingo daquela semana. Dílson levantou a mão e perguntou ao prof. Quinan: E o maquinista professor?
  • Peruzinho no campo dos menores em 1956
  • Em 1956, nos esportes, a dupla Quinan e Lima promoveu a estreia dos uniformes de futebol com um jogo entre mínimos do Gammon contra o mínimos do Aparecida , cujo resultado foi  1 x O  para o do  time Gammon  que  era formado pelos destaques do campeonato do primeiro semestre

foto do Time de mínimos  de Futebol do Gammon de 1956 

No verso da foto anterior prof. Quinan fez o seguinte registro:

Esta foto e muitas outras foram-me entregues pelo prof. Quinan em seu consultório de psicologia em agosto de 1997. Nessa ocasião,ele me convidou para ir às festividades do Gammon naquele mês. Aí a história pode  contar  tudo que aconteceu  com um dos maiores amigos de minha vida.

  • Os alunos de 1a e 2a. séries tinham que frequentar, aos domingos, às 19 horas os CULTINHOS, antes, porem existia uma brincadeira de SOLDADO X LADRÃO,  liderada de um lado pelo BALEIA AZUL e do outro pelo PIOLHO. Os cultinhos eram ministrados pela prof. Elisa Calhoun e tinha como pianista a profa. Haidê Silva, isso tudo faz me voltar no tempo e, às vezes, me pego cantando “jovens fortes chama-nos Jesus“ ou  “Avante, Avante o Crente”…
  • Naquele final de ano, foram estreados os uniformes da equipe de de basquetebol. Novamente o Peruzinho estava presente,

   Time de mínimos de Basquetebol do Gammon em 1956  

Vieram as provas finais e  eu precisava muito pouco para ser aprovado e  fui para 3.Série no ano seguinte. No jantar de despedida, Bi Moreira dava um show com suas famosas palavras que mexiam com quase toda população interna, mas  aquilo não  se relacionava  o  pavoroso “bulling” da atualidade.

  • Em 1957, passei a morar no dormitório 2 de cima, tendo como colega de quarto Jaime Freire d e Carvalho, Perdões –Mg e como gerente de dormitório o bravo e famoso Tiziu. Esse dormitório foi demolido para a construção do Ginásio Almir de Pádua Lima. Três nomes dessa época ficaram gravados comigo: Sô Tião da limpeza, Sô Joaquim da Eliséia e Black, aquele menino,  afro – descendente, sempre alegre e divertido , que era um espécie de office boy do Gammon.
  • A 3a. Série era dividida em A e B, e a foto dessas turmas, exibida abaixo foi tirada pela profa. Grecie Hahn em frente à casa dela.

  • Foto dos alunos da 3a. Serie A e B de 1957
  • Os professores eram os mesmos da 2a. Série, com a troca da  Trabalhos Manuais  para Canto Orfeônico, ministrado pelo Tenente  Antônio,  era muito maior a exigência  dos    Um causo, que não esqueci  ocorreu numa prova de desenho com o prof. Domingos Sandy; a prova tinha um sorteio da fila A e fila B, com intuito de evitar a cola. Para  minha fila,  caiu a construção do DODUCAEDRO PENTAGONAL, bem complicado; sempre quando corto um mamão aparece um PENTAGNO REGULAR  e me faz lembrar desta maldita prova. Borrei a folha com nanquim e pedi ao mestre para trocar a folha. Ele me entregou a folha da outra fila, fiquei indeciso, mas a sorte estava lançada. Joguei a original no lixo e fiz a nova folha com sucesso. Saí da sala e não dormi à noite, porque ele poderia pegar minha folha no lixo e comparar. Na manhã  seguinte, na hora da limpeza da sala, revistei o lixo  e  lá estava minha folha. Senti-me  aliviado e culpado pela fraude cometida,.
  • Nos esportes como no grupo dos menores, fui novamente capitão, agora do time chamado HONVED ( a Hungria tinha Puskas), não me recordo de nada desta época. No Atletismo se tinha estabelecido um recorde de 1000 m nos mínimos de 3’04”, em 1957 diminui a marca para 2’ 88”.
  • No teatro, participei de uma apresentação, sob a batuta do Saxofonista Ronaldo Lopes, tendo Ratinho como parceiro; cantávamos Tiro li, nos pintaram o rosto de graxa preta de sapato  e foi difícil retirar-lá.

  • Foto de Peruzinho e Leslei Mc Faden em frente ao 2. De cima.
  • Provas finais, prova oral com Roberto Coimbra; na primeira pergunta, me saí bem, porque era relativa as famosas notinhas que ele passava em todas aulas. Na 2A.pergunta , falando com aquela voz mansa disse: “José ,conjugue para mim  o presente do indicativo do verbo colorir( cara, eu sabia  tudo, teoremas do Waldir, textos de Francês de Lourdes, Geografia física do  Osório, Historia dos Incas do Paton, desenho do Domingos Sandy, batia recorde no atletismo, participava de peças teatrais … mas não sabia conjugar o verbo irregular colorir.  Pensei … vou chutar e disse em voz firme de malandro para o prof. Roberto, eu coloro, tu colores …. ele me disse, você tem certeza? Eu respondi, sei que ele é da relação dos irregulares e fiquei vermelho de vergonha. Então, falou o mestre, você deverá voltar em fevereiro. Na saída, o meu colega e um grande amigo Euclides Martins( Pigmeu) me disse, nós estudamos isto ontem, Peruzinho. Eu dou cor! E fiquei dando cor até o mês de fevereiro com aquela 2A. época.

  • Foto do PERUZINHO em frente ao dormitório 2 de cima – abril de 1957
  • Em 1958, cursei a 4a. série ginasial; no internato, fui morar no 3 de baixo. Meus colegas de quarto eram de Bom Sucesso –Mg, Dalmo Castanheira, Isaque e Camilo. Na equipe de professores, houve  modificações , por exemplo: sai miss Hahn  e entra Nair Paranaguá  no inglês, entra a disciplina Latim com prof. Roberto ,entra História do Brasil com o prof. Quinan ( introduziu  no Gammon  as provas de múltipla- escolha), Historia Geral com profa. Lourdes, e  Ciências Naturais  com a profa. Nieta.
  • Nos esportes, disputamos o campeonato de futebol Mirim da cidade de Lavras e o diploma, postado na foto a seguir mostra o resultado final da competição. Recordo-me que o colega e amigo Antônio Ferreira ( Tony) se desligou da equipe por atritos com o prof. Quinan e nos fez muita falta no final do campeonato.  No atletismo e nos outros esportes, continuavam os campeonatos.

  • Foto do diploma de 2• lugar no campeonato mirim de Lavras de 1958
  • Nos intervalos da 2a. para 3a. aula no turno da manhã, a direção do colégio ministrava uma espécie de registros dos fatos diários, e sempre estava presente uma pessoa credenciada para falar sobre um trecho da Bíblia Sagrada.
  • Não participei da formatura da 4a. série do Ginasial, mas recebi o prêmio do aluno menos faltoso nos 4 anos de Gammon.
  • Em 1959, eu estava no 1*. Científico, morava agora no 3 de cima, meus colegas de quarto, César Wilton Berto( Caxambu-Mg), José Rosa( Conceicão dos Ouros – Mg), regente do dormitório Efraim, uma pessoa educada, prestativa e estimada por todos do 3. de cima.
  • Nos estudos, começaram as disciplinas de Física com o prof. Bernard , Química com o prof. Cartaxo, Biologia com o prof. Fábio Cartaxo, Português com o prof. Roberto Coimbra, Matemática com o prof. Waldir Azevedo, História com o prof. Almir Lima, Geografia com o prof. Lousada, Inglês com o prof. john Hahn, Espanhol com o prof. Sinval Silva e Francês com profa. Lourdes.
  • Foi o maior sufoco! Na disciplina Matemática, me lembro de que fizemos 3 provas , no primeiro mês de aulas, com direito de escolher a melhor nota, 2, 3 e 5; em  Química  e Física, houve muita novidade  e também método de ensino bastante prático.
  • Nos esportes, eu continuava a ser escolhido como Capitão no campeonato de médios e tambem participava dos campeonatos de Basquete, no Atletismo, conquistei   mais quebra de recordes nas provas de 4 x200 m e na prova de 1000m.

 Foto da equipe de futebol  do campeonato de médios de 1959.

Nas provas finais, tive o mesmo sucesso dos anos anteriores e na nossa linguagem “PASSEI DIRETO”.

Em 1960, continuava morando no 3 de cima, e agora se notava uma diminuição do número de internos no Gammon e somente  José Rosa e eu ocupávamos o mesmo quarto.

Nos estudos,  tinha agora Fabio Cartaxo nas disciplinas de Biologia e Química, Desenho e Matemática com o prof. Waldir Azevedo e os demais professores eram os mesmos da série  anteriore.

Nos esportes, pedi ao prof. Quinan  para que Euclides e eu  ficássemos  no mesmo time no campeonato de médios daquele ano; ele ficaria como Capitão e assim disputamos o quinto campeonato de futebol em nossa era no Gammon. As peladas” nos dias de chuva eram algo de sensacional, e os jogos entre calouros  e veteranos eram  também muito organizados. No atletismo, passei a correr as provas de 800m e 1500m para as festividades do Dia do Instituto, mas o recorde de meu irmão não consegui bater  em 1960 e tampouco 1961.

Não tive  dificuldades nos estudos, era o vice-presidente do RLR, e José  Clodoveu era o Presidente. Nos concursos do RLR,  de Oratória de improviso, fui classificado em 2*.lLugar; no de declamação em 1* lugar.

Fotos de alguns colegas de 1960 no Gammon

Em 1961, passei a ser aluno externo e morei na casa de meu irmão Wilson.  Nesse ano  eu fazia o Tiro de Guerra de Lavras com o número 73, tendo como instrutor o  Sargento Paulo. Numa excursão à cidade de Varginha-Mg alguns atiradores foram convidados pela família do atirador Gilson(65) para um almoço

Foto  tirada na casa do atirador 65 ( Gilson) em Varginha-Mg

Nos esportes ,tive a oportunidade de disputar o campeonato brasileiro juvenil de atletismo no Rio de Janeiro, lembro-me de meus colegas Ilcélio Lima e José Clodoveu Medeiros. Ilcélio brilhou na prova de salto com vara, e eu fiquei em 3. lugar na prova de 1500 m e Clodoveu  disputou  a prova de lançamento de dardo.  Nas festividades do dia do Instituo  nesse ano disputei uma prova de 1500m e outra de 800m.

Foto  do dia do Instituo em 1961: Clodoveu, Fioravante e Peruzinho.

Nesse ano ,  eu era auxiliar do prof. Quinan no treinamento da equipe de médios do Gammon;

  • Equie de médios do Gammon em 1961

Nesse mesmo ano,  participei  pelo Tiro de Guerra, de uma meia maratona na cidade de Barbacena-Mg, ficando em os 5 primeiros; lembro-me  de que na largada  era uma multidão  de gente e não dava para sair na frente.

 

Foto dos participantes  da meia maratona: Nilo, Richard e Peruzinho

Nos estudos, foi difícil devido ao desgaste das instruções do Tiro de Guerra. Lembro que Matemática e Física eram ministradas pelo prof.  Bernard, Desenho  pelo prof. Waldir Azevedo, Biologia e Química pelo  prof. Fábio Cartaxo, Português pelo prof. Roberto, Historia pelo prof. Almir,  Geografia pelo prof. Lousada e Filosofia pelo prof. Rubens Alves.  Nesse ano, fui   para uma prova de segunda chamada em Física o sistema de avaliação  havia mudado e dava ao aluno essa segunda chance.

A formatura teve Fábio Cartaxo como paraninfo;  a  foto seguir  mostra o momento em que recebo o diploma do Terceiro Científico na   presença  das personagens de maior destaque  do Gammon na época.

Foto do dia da formatura no 3• científico de 1961, Fabio Cartaxo, Laurence Calhoun, Sinval Silva e o Inspetor estadual. 

Essa é minha história no Gammon de 1955 a 1961; ,parti  para outros desafios fiz o curso de Farmácia e Bioquímica  e o Curso de  Engenharia Química na UFMG . Dediquei-me ao magistério como prof. De Química no II*.e  III.* graus , fui Coordenador e Chefe Departamento.  Publiquei livro de Química em coautoria com o saudoso  prof.  Taranto para o II. grau  e  inúmeros  trabalhos sobre Química e Bioquímica;  proferi  várias palestras e conferências para várias Universidades. E, o mais importante de tudo, nos meus 40 anos de magistério (1965 a 2004)  tive a oportunidade  de ministrar aulas para aproximadamente  20 mil alunos, a maioria dos quais mantenho o laços de amizade e convivência.

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