Personalidade Gamonense – Carmen Sylvia Delfim

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Filha de Ângelo Constantino Delfino e Antonieta Maia Delfino, nossa personalidade é lavrense. Com cinco anos de idade, foi matriculada pelos pais no Jardim de Infância da Escola Carlota Kemper, a unidade feminina do Instituto Presbiteriano Gammon.
​Após concluir o 3º Científico (série correspondente ao 3º ano do Ensino Médio dos tempos atuais), em 1956, no ano seguinte prestou vestibular para o curso de Odontologia na então Escola de Farmácia e Odontologia de Alfenas (atual Universidade Federal de Alfenas – UNIFAL), no entanto, nunca exerceu a profissão.
​Carmen Sylvia lembra de muitas passagens durante sua caminhada como aluna da Escola Carlota Kemper / Instituto Presbiteriano Gammon. Conheça algumas delas:
​- Suas notas, por exemplo, eram sempre acima de 9,0, porém, certo dia, uma de suas professoras pediu para que ela desenhasse um gato. A nota pelo desenho foi 5,0, o que a entristeceu demais.
​- Todos os anos, por ocasião do Dia das Mães, as kemperinas internas tinham por hábito se deslocarem em grupo até o Auditório Lane Morton para o Culto em Ação de Graças. As alunas que tinham mães colocavam uma flor vermelha na lapela, enquanto as que eram órfãs colocavam uma flor branca. Este fato também a deixava muito triste.
​- No Lane Morton, aconteceu uma festa, cujo tema foi uma história infantil em que havia vários lobos. A mãe D. Antonieta foi quem fez a sua fantasia, e por ter colocado muito enchimento no rabo do gato, toda vez que ela virava para a plateia, esta morria de rir.
​- Na época que estudou no Gammon, os costumes eram muito rígidos. Tanto é que as alunas não podiam conversar com os alunos, nem tampouco com os irmãos. Eram sempre vigiadas pela D. Elvira Marani.
​- Certa vez, foram a uma aula prática no câmpus da então ESAL (Escola Superior de Agricultura de Lavras), hoje, UFLA (Universidade Federal de Lavras), com o professor de História Natural, Clidenor Coelho Galvão, que era muitíssimo tímido. Ela e mais uma colega iam à frente com ele, na cabine da caminhonete que dirigia, enquanto os rapazes iam atrás, na carroceria. Um dos colegas, João Carlos Dias, apelidado de “Amigo da Onça”, levou um morcego, e pela janela do veículo ia mostrando o animal para elas, fazendo com quem tombassem para o lado do professor. “Ele não tinha cor para demonstrar a vergonha (rsrsrs). Era só peraltice”, recorda.
​Muito alta e sempre linda, Carmen Sylvia sempre se destacava entre as colegas. Certa vez, durante festividades da Semana do Instituto, no Estádio Castelo Branco, o Sr. Joaquim Guerra gritou da arquibancada em alto e bom som: “Ganho bem, ganho mil, a filha do Angelo Delfino que devia ser Miss Brasil!”.
​Na época de Kemper, as alunas internas poderiam se hospedar nos finais de semana em casas das famílias das colegas. Carmen Sylvia sempre levava as suas amigas. Uma delas, Aneliz Kjaer, venceu o Concurso Miss Minas Gerais, em 1956. Até hoje, são grandes amigas.

​Uma outra grande amiga de Carmen Sylvia foi a inesquecível Edna de Campos Lima, sua professora de Educação Física.
​Para Carmen Sylvia, o Instituto Presbiteriano Gammon era completo. Lá, aprendeu não só corte e costura, bordado, culinária e puericultura, como também teve aulas de canto com D. Lael, tendo participado, inclusive, do coral da escola. Além dela, lembra com carinho das professoras: D. Bida (bordado), D. Margaret Carnahan (culinária) e D. Nieta Maceira (puericultura). O diretor, à época, era o prof. Sinval Silva.
​Além da educação familiar que teve, Carmen Sylvia diz que o Gammon foi primordial em completar a instrução. “Amo demais esse educandário, que chega aos seus 150 anos. Lá estudaram todos os meus irmãos, assim como os meus filhos”, conclui.

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